Cardoso: “Não há atentado feito à Constituição feito pela presidente”
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, afirmou em seu discurso durante a abertura da sessão do impeachment na Câmara Federal, que não há motivos legais para abertura de tal processo, e ressaltou que este só foi aberto pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, em retaliação à presidente Dilma Rousseff.
José Eduardo reforçou a prática do golpe contra o atual governo ao argumentar que questões contábeis não são elementos para a destituição de um governo. E reforçou que não há ato ilícito e nem dolo por parte da presidente da República.
Em sua defesa, Cardozo resgatou um importante argumento utilizado pelo ex-presidente da Câmara, Ulysses Guimarães. “Se o voto do povo for tirado, o povo terá sido colocado na periferia da história, e a história jamais perdoará”. E afirmou ainda que, “Qualquer governo que venha nascer de uma ruptura constitucional, não terá legitimidade para governar”.
O deputado federal Helder Salomão acompanhou atentamente a defesa do advogado e defendeu seu posicionamento. “Não defendo simplesmente um governo ou um partido. Minha posição é pela defesa da democracia brasileira. Já ficou claro que as pedaladas não configuram crime de responsabilidade. Precisamos defender o Estado democrático em que vivemos e a liberdade que conquistamos”, destacou Helder.
A sessão na Câmara começou às 09 horas da última sexta-feira (16) e se estendeu pela madrugada. Neste sábado a sessão foi retomada para os pronunciamentos de todos os deputados inscritos. A votação do impeachment será no domingo (17) com inicio marcado para as 14 horas.
Para Salomão, o governo terá os votos necessários para barrar esta grande injustiça. “O governo está se movimentando e vamos barrar esse processo no plenário da casa. Não vamos permitir o golpe!” Finalizou Helder.
